PROFESSORA ANDRÉA

terça-feira, 29 de outubro de 2013

PROFESSORES DO CEM FLORÊNCIO AIRES PROMOVEM IV CLIO – OLIMPÍADA DE HISTÓRIA



Realizou no dia 25 de outubro de 2013 a IV Clio – Olimpíada de História do Colégio Estadual Prof. Florêncio Aires de Porto Nacional - TO, que contou com  a participação dos estudantes da fase final do ensino médio regular e ensino médio integrado de informática. O resultado aconteceu  no dia 28 de outubro.

A grande vencedora da IV CLIO foi a turma 33.01 matutino, que levou o prêmio de R$100,00 (cem reais).

1° Lugar - Juliana Pinheiro
Na categoria individual, a estudante Juliana Pinheiro fechou a prova e tornou-se bicampeã da competição levando o prêmio de R$50,00 (cinquenta reais) acompanhada pelos colegas Hemilly Cerqueira (2º lugar) e Ilmar Silva e Sousa Filho (3º lugar), todos  estudantes do 33.01.

A IV Clio foi promovida pelos professores Andréa Siqueira e Oidê Carvalho e teve como objetivos sondar o nível de aprendizagem dos formandos e elevar os índices das avaliações externas (SALTO, ENEM e Vestibulares).













quarta-feira, 16 de outubro de 2013

TOCANTINS - Artesanato

BURITI  E BABAÇU


Da palha do babaçu e do buriti, duas espécies de palmeiras comuns na região Norte do Brasil, surgem esteiras, chapéus, cestos e uma infinidade de produtos utilizados há muito tempo pelos indígenas e pelos sertanejos tocantinenses, mas que somente agora vem ganhando status de artesanato decorativo.

Das fibras podem surgir as mais variadas peças. Como coadjuvantes de outras matérias-primas servem para amarrar peças em capim dourado ou surgem como detalhes de produtos em madeira. Largamente utilizadas pelos povos indígenas e difundidas em todo o Estado, as fibras demonstram toda sua versatilidade de acordo com os costumes de cada região.

O buritizeiro é uma palmeira amazônica facilmente encontrada no norte do Maranhão. De tronco fino e alongado, copa pequena e circular, a árvore pode alcançar os 35 metros de altura. Resistente, a palmeira se adapta melhor em terrenos alagados à beira de rios e igarapés.

Também chamado de miriti, o buriti é a fruta do buritizeiro. Semelhante a um coquinho, ele possui uma casca dura, de coloração vinho-avermelhado e coberta por desenhos que lembram escamas. A polpa do buriti é amarelada e geralmente é usada na culinária como matéria-prima para doces e bombons.


Além de utilizado comercialmente no artesanato e na culinária, o buritizeiro é fundamental para os ribeirinhos em seu dia-a-dia. As folhas da palmeira são usadas para fazer corda ou servir de teto de casas mais humildes. Os troncos podem ser utilizados na feitura de trapiches e estivas ou perfurados para que seja extraída uma seiva açucarada que, depois de tratada, pode servir de adoçante.

Coco babaçu gera renda e transforma vidas no Tocantins

Mulheres participam de projeto para criar artesanato diferenciado.
Produtos já foram expostos em feiras nacionais e internacionais.


Aline diz que agora tem uma visão mais elaborada do artesanato do babaçu (Foto: Teotonha Gomes/Arquivo Pessoal)Aline diz que agora tem uma visão mais elaborada do artesanato do babaçu
(Foto: Teotonha Gomes/Arquivo Pessoal)
 
 
Inspirados pelo babaçu, artesãos dos municípios do Bico do Papagaio, extremo norte do Tocantins, vem ultrapassando os limites territoriais, fortalecendo o artesanato e preservando a identidade cultural da região, conhecida pelos ricos recursos naturais e pelos conflitos sociais nas décadas de 70, 80 e 90, entre fazendeiros e posseiros pelo controle de terra.

Coco babaçu se tranforma em acessórios femininos (Foto: Fabio Del Re/Sebrae Tocantins) 
 Coco babaçu se tranforma em acessórios femininos
(Foto: Fabio Del Re/Sebrae Tocantins)
 
Através do Projeto de Artesanato da Amazônia Legal Tocantinense (Artenorte), realizado pelo Sebrae e parceiros, iniciado em 2006, cerca de 90 artesãos receberam capacitações relacionadas à gestão de negócios, melhoria ao acesso à inovação tecnológica e ampliação de acesso a mercados.

Essas ações foram realizadas unindo a inclusão social e a geração de trabalho e renda à preservação ambiental. Em um primeiro momento, foram contemplados os municípios de Aguiarnópolis, Tocantinópolis, Nazaré, Luzinópolis, São Bento e Araguatins

Almofada com detalhes de coco babaçu produzidas no Tocantins (Foto: Fabio Del Re/Sebrae Tocantins) 
Almofada com detalhes de coco babaçu produzidas
no Tocantins (Foto: Fabio Del Re/Sebrae Tocantins)
 
Das capacitações realizadas com designers, arquitetos e fotógrafos, a comunidade de artesãos e quebradeiras de coco transformou o babaçu e o carvão em mais de 100 produtos como toalhas de mesa, almofadas, acessórios de moda (colares, bolsas) e utensílios domésticos (luminárias, velas, arranjos florais), e lançaram a “Coleção Babaçu”, que ganhou os grandes centros e mudou a realidade de muitas famílias tocantinenses.
A diretora técnica do Sebrae Tocantins, Mila Jaber, diz que após a “Coleção Babaçu” em 2010, foi iniciado um novo ciclo de trabalhos através do projeto “Artesanato Sustentável Babaçu Brasil”, o que expandiu o atendimento para mais sete municípios, “onde foi oportunizado a inclusão de aproximadamente 60 novos artesãos da região do Bico do Papagaio”.

Artesãs durante oficina ministrada pelo Sebrae (Foto: Sebrae Tocantins) 
Artesãs durante oficina ministrada pelo Sebrae
(Foto: Divulgação/Sebrae Tocantins)
 
Hoje, cerca de 150 mulheres artesãs, empreendedoras individuais e potenciais empreendedoras ligadas à atividade artesanal estão sendo atendidas pelo Sebrae na região norte do Tocantins, como é o caso de Doemy Araújo, 49 anos, de Tocantinópolis. Há seis anos trabalhando com o babaçu e o carvão ativado do babaçu, Doemy foi uma das finalistas do prêmio Top 100. “O artesanato é a única coisa que sei fazer, quero continuar fazendo e morrer fazendo”, diz em tom alegre.

Aline Cunha, 33 anos, moradora de Araguatins também deixou o trabalho do lar para investir no artesanato. Hoje, ela é tesoureira da Associação dos Artesãos de Araguaçu - Babaçu Arte. “Até então, olhávamos para a palmeira e enxergavámos só o azeite e o carvão. Agora temos a visão do artesanato mais elaborado, com design. Esse foi o diferencial”, afirma. Aline ainda afirma que o trabalho com o babaçu transformou as mulheres envolvidas. “Não só na questão financeira, houve um desenvolvimento pessoal, as pessoas não são mais as mesmas.”

Artesanato feito com o coco babçu (Foto: Fabio Del Re/Sebrae Tocantins) 
Artesanato feito com o coco babaçu
(Foto: Fabio Del Re/Sebrae Tocantins)
 
O trabalho tem dado tão certo que outros produtos devem ser lançados no segundo semestre. Está em fase de criação a coleção “Babaçu Brasil”, que visa valorizar a marca que representa o artesanato da região do Bico do Papagaio.

Dificuldades

Embora os produtos já tenham reconhecimento e mercado, ainda falta estrutura para que os artesãos trabalhem. Doemy conta que em Tocantinópolis, não há uma sede para os artesãos trabalharem. “Ainda temos muita dificuldade, contamos apenas com o apoio do Sebrae. Não temos casa, sempre que surge um trabalho nos dividimos e cada um faz em sua própria casa.”
Em Araguatins, as mulheres expõem os trabalhos na feira e atendem encomendas. “Ainda financeiramente não estamos como queríamos. Queremos que melhore cada vez mais”, diz Aline Cunha.

Região
 
Conforme o Sistema de Informações Territoriais, o Bico do Papagaio é composto por 25 municípios e população de 196.389 habitantes, dos quais 66.533 vivem na área rural, o que corresponde a 33,88% do total. Possui 7201 agricultores familiares, 5732 famílias assentadas e duas terras indígenas. E é nessa região, que mulheres transformam recursos naturais em produtos artesanais e geram renda para sustentar suas famílias.

Bolsas feitas com o coco babaçu no Tocantins (Foto: Fabio Del Re/Sebrae Tocantins) 
Bolsas feitas com o coco babaçu no Tocantins
(Foto: Fabio Del Re/Sebrae Tocantins)
 
Segundo Mila Jaber, a partir de 2006, foi possível abrir novas possibilidades para os artesãos inseridos na região do Bico do Papagaio e “com inovação e design o mercado conheceu as habilidades de nossa gente e a riqueza do coco babaçu”, o que vem transformando histórias de vidas.

“Durante esses anos a instituição oportunizou a participação dos artesãos da região do Bico do Papagaio em feiras nacionais e internacionais, com isso, foi possível prospectar novos negócios e parcerias efetivas tanto em âmbito nacional quanto estadual para fortalecer o artesanato em coco de babaçu”, destaca.

Babaçu

Babaçu ganha destaque em exposição interativa, em Porto Velho (Foto: Reprodução/TV Rondônia) 
Babaçu transforma vida da população do Bico do
Papagaio  (Foto: Reprodução/TV Rondônia)
 
Nome de várias espécies da família das Palmáceas, especialmente Orbygnia martiana e Orbygnia speciosa, com longas folhas, penadas, encontradas na região amazônica, no Brasil central e no Nordeste. Seus cocos oleaginosos fornecem um óleo que se emprega como lubrificante, combustível ou alimento, em substituição à manteiga ou ao azeite, e como base para sabonetes. Suas folhas fornecem palha branca para cobrir tetos de ranchos e casas, e também para fazer chapéus. (Informações Dicionário Michaelis)

Artesanato de coco babaçu feito no Tocantins (Foto: Fabio Del Re/Sebrae Tocantins)Colar feito de coco babaçu produzido no Tocantins (Foto: Fabio Del Re/Sebrae Tocantins)