PROFESSORA ANDRÉA

domingo, 30 de junho de 2013

A HISTÓRIA DO MUNDO




Fonte: www.seuhistory.com/‎



Veja todos os temas de redação já cobrados no Enem



http://educacao.uol.com.br/album/2013/06/21/veja-todos-os-temas-de-redacao-ja-cobrados-no-enem.htm#fotoNav=1

História Geral - Cinema ajuda a entender a história

Por João Bonturi*


Preparar o seu saco de pipocas, sentar-se confortavelmente em frente à TV, de preferência num horário em que os pais ou irmãos não vão disputá-la, é o primeiro passo para assistir a um filme que tenha algum interesse para o seu estudo.
O filme deve ser indicado pelo seu professor, embora alguns dos livros didáticos mais modernos já tragam dicas sobre o assunto. Porém, como essas publicações não são atualizadas com freqüência, muitas fitas apontadas podem ter já desaparecido do mercado, especialmente se forem filmes europeus, daqueles que as locadoras despacham logo se a audiência for baixa.

Explorar um filme histórico exige paciência. É preciso observar muitos detalhes, desde as roupas, adereços e cenários até os diálogos e o comportamento geral dos atores em cena.
Um filme assinado por um diretor reconhecidamente exigente é meio caminho andado para um bom estudo. Um exemplo é o italiano Lucchino Visconti, diretor, entre outros filmes, de "O Leopardo", "Ludwig, o Último Rei da Baviera" e "Os Deuses Malditos".

Visconti costumava levar os atores aos museus, para verem quadros de época e aprenderem através deles a gesticulação e a postura para as cenas. Em "O Leopardo", passou os figurantes em revista, para ver se todos tinham os tipos físicos compatíveis. Se as cenas exigiam copos ou xícaras, só admitia fazer com peças legítimas do século XIX, sem uso de imitações. Visconti, mestre italiano do cinema, teve como seguidores Federico Fellini, Michelangelo Antonioni, Pierpaolo Pasolini, Franco Zefirelli, Francesco Rosi e outros.

Tal qual se lê um livro, deve ser visto um filme. Ao ler um livro, você pergunta: Por que o autor se envolveu com o tema? Com um filme, é a mesma coisa: Por que o diretor ou o produtor estava envolvido pelo tema? Foi só pelo aspecto puramente comercial, uma coisa que venderia bem, ou havia alguma coisa que ideologicamente tocava nos donos da iniciativa? Na maioria das vezes as duas coisas estão envolvidas, com maior ou menor intensidade.
OS FILMES ENVOLVEM VÁRIAS HISTÓRIAS
QUE SUGEREM INTERROGAÇÕES:


  • o fato histórico em si, narrado por cronistas ou historiadores. Normalmente ocorrem divergências interpretativas e o diretor do filme opta por uma única versão;
  • o mesmo fato, contado por um romance histórico ou peça teatral, envolve diálogos. Neste ponto, houve a inclusão de personagens fictícios? Como eles se comportam?
  • a história das filmagens, o making off. Houve, nessa última fase, acréscimos ou cortes ao filme, durante a montagem? O roteiro foi alterado em função de críticas ou da censura do país em que o filme foi feito?
  • quando o filme foi distribuído internacionalmente, houve interferência da censura em algum país? O filme foi proibido em um ou vários países? Quais as razões das proibições?
  • a montagem apresentada foi definitiva ou posteriormente foram acrescentadas ou retiradas cenas?
    Com esses degraus pode-se separar não só a realidade possível da ficção criada na tela, como também a alteração das características dos personagens.



    PARA COMPREENDER O FILME:
  • anote as seqüências, estabeleça a hierarquia entre elas, daí retire a idéia principal.
  • Um filme não é montado necessariamente em uma seqüência cronológica, e a narrativa pode passear por vários momentos históricos e de envolvimento direto ou indireto dos personagens dentro deles.

    FILMES SUGERIDOS


  •  Um filme essencial para ser visto é "1900 (Novecento)", de Bernardo Bertolucci, aluno de Pasolini e Fellini, no qual o diretor busca resumir a história da primeira metade do século XX, a partir da história de um camponês e seu patrão e como as relações entre eles vão se modificando no decorrer do tempo. Antes que o historiador Eric Hobsbawn afirmasse que o século XX foi caracterizado pela luta entre o capitalismo e o socialismo, Bertolucci o fez através do cinema.
  • Para sentir o clima da Segunda Guerra Mundial, não é preciso ver as cenas realistas de "O Resgate do Soldado Ryan". Assista ao clássico "Casablanca" de Michael Curtiz, com um elenco composto por atores de várias nacionalidades que, por si só, simbolizam os povos em conflito; a guerra é vista através dos freqüentadores de um bar, o Rick's, onde estão as músicas, do tema romântico As Time Goes By à La Marseillaise, o hino nacional francês; a luta pela fuga para a liberdade entre Victor Laszlo e o oficial nazista; a corrupção e o arrependimento patriótico do capitão Renault e o triângulo amoroso entre Rick Blaine, Ilsa Lund, e Victor Laszlo.
  • Com relação à antigüidade clássica, veja "Spartacus", dirigido por um Stanley Kubrick jovem, com Kirk Douglas, no papel título e também como produtor do filme. Os bastidores saborosos estão em "O Filho do Trapeiro", autobiografia de Kirk Douglas. Além de muita ação e cenas brilhantes de lutas e batalhas, o filme foi combatido pelo macartismo reinante na política americana dos anos 50, mas aplaudido pelo então presidente Kennedy e um grande sucesso de público na ex-URSS, em pleno auge da Guerra Fria, durante a Crise dos Mísseis. O filme se baseia na revolta liderada pelo escravo Spartacus, contra o Estado romano, em 73 aC, época da crise da República Romana, na qual a luta dos generais pelo poder era clara nas figuras de Júlio César, Crassus e de uma oposição política sem forças, liderada por Gracus, um personagem histórico fictício. Quando o filme fez 30 anos, em 1990, os tempos já eram outros; foram incluídas cenas, na época censuradas, que insinuavam relações homossexuais entre o fictício Antoninus e o poderoso general Crassus, dando portanto um outro caráter a essas duas figuras.
  • Sobre a Idade Média há um leque interessante, que vai desde a genial comédia "O Incrível Exército de Brancaleone", de Mario Monicelli, com Vittorio Gassman, uma sátira baseada em crônicas medievais, passa pelo realismo de "O Leão no Inverno" de Anthony Harvey, com um elenco superstar que inclui Peter O'Toole, Katherine Hepburn, como Henrique II e Eleonora de Aquitânia, e um jovem Anthony Hopkins como Ricardo Coração de Leão, futuro rei da Inglaterra, e Timothy Dalton, depois Agente 007, como Felipe II, o Augusto, rei da França, e chega ao romance histórico "O Nome da Rosa", escrito por Umberto Eco e filmado por Jean-Jacques Annaud, com o charme de Sean Connery no papel de William of Baskerville.
  • Acerca da Idade Moderna podem ser apontados "Giordano Bruno", de Giuliano Montaldo, com Gian Maria Volonté, mostrando o processo e as torturas aos quais foi submetido o filósofo, queimado vivo pela Inquisição em 1600; o divertido "O Rei Pasmado e a Rainha Nua", dirigido por Imanol Uribe, com Gabino Diego e Laura del Sol, ficção sobre um rei espanhol do século XVII, que após ver uma prostituta nua, exigiu que a rainha assim para ele se exibisse; um padre fanático leva o caso à Inquisição e por aí a história corre saborosa. "Amadeus", de Milos Forman, com Tom Hulce no papel do compositor Mozart e F. Murray Abraham como o invejoso Salieri, sobre os últimos anos da vida de Mozart, tendo como pano de fundo o despotismo esclarecido do imperador José II, da Áustria, e as intrigas entre os partidários do absolutismo tradicional e os adeptos das idéias iluministas.
  • Fechando essa época, a Revolução Francesa é abordada em "Danton, O Processo da Revolução", do polonês Wajda, com Gérard Depardieu no papel título, numa visão democrática e pessoal do diretor, sobre o líder jacobino guilhotinado no período do Terror, e também em "Casanova e a Revolução" ou "A Noite de Varennes" (existem os dois títulos em português para o mesmo filme), de Ettore Scola, com Marcello Mastroianni como Casanova, o célebre conquistador, então envelhecido, durante uma ficção criada em torno da fuga do rei Luís XVI e sua prisão em Varennes, fato capital para explicar uma derrapagem e radicalização do processo revolucionário.

  • Dica de História - Consequências das Revoluções Industriais

    Veja nesta vídeo-aula de história as principais consequências das Revoluções Industriais com o Prof. Célio Tasinafo, da Oficina do Estudante

     



    http://guiadoestudante.abril.com.br/videos/dica-historia-consequencias-revolucoes-industriais-698667.shtml

    sábado, 29 de junho de 2013

    "As Grandes Mulheres da História"


    Rainha Vitória, Rainha Elizabeth I e Joana D'Arc são algumas das importantes personalidades femininas da história.
    Rainha Vitória, Rainha Elizabeth I e Joana D'Arc são algumas das importantes personalidades femininas da história.

    Vestibular: Entenda as mudanças do novo acordo ortográfico: novas regras mudam a ortografia no Brasil

    http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/entenda-mudancas-novo-acordo-ortografico-novas-regras-mudam-ortografia-brasil-625114.shtml

    Simulado História - Revolução Russa

    Da Revolução Russa nasceu uma potência gigante, que ocupou um dos lados da polarização geopolítica ao longo do século XX, a união Soviética (URSS). Relembre os aspectos mais importantes da Revolução para não dar bobeira na hora do vestibular!

     

    http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/simulados/simulado-revolucao-russa-694605.shtml 

    Simulado História - Independência das Américas





    Personagens, eventos, ideais e contexto histórico: veja agora se você está por dentro quando o assunto é a independência das Américas.  

     

    http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/simulados/simulado-historia-independencia-americas-698915.shtml

    Vestibular: 25 filmes indispensáveis para você estudar História


    Prepare-se para o vestibular, assistindo obras que fazem alusão a vários períodos históricos




    Assista às obras e faça paralelos com os conteúdos que você aprende na escola.

     http://guiadoestudante.abril.com.br/fotos/25-filmes-indispensaveis-voce-estudar-vestibular-704976.shtml#1

    INTERCÂMBIO: MITO OU VERDADE?

    Stefan Pastorek/UOL Quem sonha em fazer um intercâmbio para outro país se depara com muitas dúvidas além do destino que deve escolher. É melhor ficar em casa de família? Precisa ser fluente no idioma antes de viajar? Quanto tempo é necessário se preparar? Dá para fazer intercâmbio gastando pouco dinheiro? Vale a pena fazer um curso de curta duração? Para tirar essas e outras dúvidas, o UOL Educação ouviu especialistas. Confira 12 mitos e verdades.
    http://educacao.uol.com.br/album/2013/06/28/mito-ou-verdade-especialistas-tiram-duvidas-sobre-intercambio.htm

    Aulas na internet ajudam aluno a se preparar para Enem

    Rivaldo Gomes/FolhapressAo lado de apostilas, revisões, exercícios e fichas de memorização, as videoaulas disponíveis na internet também servem como material de estudo para as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

    10 revoluções históricas que podem cair no vestibular



    Uma revolução é uma mudança profunda nas instituições políticas, econômicas, culturais e morais de um época ou lugar. Essa mudança pode ser repentina, contínua ou progressiva, mas sempre transforma o local que a vivencia. Confira agora 10 revoluções históricas que podem cair no vestibular.








    http://guiadoestudante.abril.com.br/fotos/10-revolucoes-historicas-podem-cair-vestibular-745052.shtml#0

    sexta-feira, 21 de junho de 2013

    A SITUAÇÃO DO NEGRO PÓS-SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

    A longa luta pelos direitos civis nos EUA: O movimento negro a partir da década de 1950 e a guerra pacifista de Luter King O Sul dos Estados Unidos, no período posterior a segunda guerra mundial, sofreu um processo de definitiva mecanização da produção de algodão, resultando no abandono das zonas rurais por milhares de trabalhadores agrícolas afro-americanos e, conseqüente, urbanização desses indivíduos, que migraram do sul para o norte e da zona rural do sul para a urbana. Além disso, a falta de mão-de-obra, civil e militar, durante Segunda Guerra provocou um movimento similar ao da primeira, já que, nesse período, os negros foram empregados com mais facilidade. Na década de 1950 e 1960 ocorreram diversas iniciativas de luta por parte dos negros para a constituição de direitos civis igualitários. O início desse movimento tem como pauta a dessegregação das escolas públicas, que em 1954 contou com o apoio do Supremo Tribunal dos Estados. Os brancos sulistas foram contra a medida (matriculando seus filho em escolas particulares, por exemplo) e os do norte também. Esses últimos manifestaram seu posicionamento contrário e protestaram com protesto e até com violência[1]. A luta contra o sistema de segregação racial contava com um novo estímulo. Os jovens negros realizavam manifestações nas Universidades negras do Sul, fundadas por igrejas e comandadas por reitores negros, demonstrando as inquietações da juventude. “O semestre da primavera de 1960 viu cada uma das sessenta e tantas universidades de negros, do Sul, envolvidas pela confusão e desordem que acompanharam a participação dos estudantes nas demonstrações sobre direitos civis”[2]. Foram esses jovens que tomaram a frente do movimento, conforme Proctor, diante da inutilidade das discussões, reuniões e oratória dos adultos, que estavam comprometidos com as suas obrigações diárias de trabalho e sustento. “O negro adulto, desamparadamente, estava na dependência de aprovação por parte da estrutura de força dos brancos. A maioria das famílias podia não ter recursos para perder um simples cheque de pagamento e, embora ninguém desejasse verbalizar essa condição inexorável, isto era, contudo, um eloqüente murmúrio”.[3] Os jovens negros contaram com o apoio dos jovens brancos liberais, principalmente por grupos de mulheres. Eles eram reconhecidos pela Liga das Mulheres Votantes, Associação Cristã de Moças e aos grupos unidos das mulheres, representando as Igrejas Católicas, Protestante e Judaica. A maior parte desses apoiadores, como coloca Proctor, via a emancipação negra como algo inevitável na vida americana, alguma coisa que acontecesse sem muito esforço direto de sua parte. Esses brancos eram acusados muitas vezes de “amantes dos negros”, ao mesmo tempo em que eram vistos pelo militar intelectual negro como “subversor paternalista da integridade negra, joguete do liberalismo branco para estancar a maré de cólera negra”[4] As lutas de independência da África tiveram um peso importante para a mobilização da juventude. O triunfo das lutas africanas despertou um sentimento de vergonha por sua passividade diante da segregação e motivaram sua admiração por líderes e assimilação com o continente. A solidariedade com o povo africano já havia sido demonstrada anteriormente, quando apoiaram a Etiópia contra a invasão da Etiópia pela Itália durante a Segunda Guerra Mundial (Pacheco, p.54). Outro âmbito da luta que obteve sucesso foi pela dessegregação dos transportes públicos. A manifestação teve inicio em dezembro de 19555, quando a costureira negra Rosa Parks recusou-se a dar lugar no ônibus para um branco, em Montgomery, no Alabama. O resultado da ação foi a sua prisão. Após esse episódio, os negros da cidade, com o apoio da igreja decidiram realizar um boicote contra aos ônibus da cidade até que tivesse fim esse tipo de segregação. O boicote durou um ano e quase levou a empresa a falência, confluindo para a conquista desse direito junto ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos. A partir dessa ação ganha visibilidade nacional um dos lideres do movimento, Martin Luther King, pacifista atuante na luta pelos direitos civis que pregava a não violência para as conquistas dos negros. Sob sua influência ganham amplitude diversos protestos não violentos em prol dos direitos civis em todo o país (por exemplo, o caso dos negros universitários de Greensboro, na Carolina do Norte, que forçaram um restaurante a lhe servirem refeições, de forma a sentar e rezar o pai-nosso como maneira de protesto). Surgiram outros movimentos não violentos no país, mesmo que os partidários do movimento sofressem violência[5]. Em 2 de julho 1964 o congresso norte americano aprovou a Lei dos Direitos Civis, a qual estabelecia o fim da discriminação racial nas acomodações públicas, no emprego, na educação e no registro de eleitores. A confirmação da lei passou por longos debates no Congresso, tendo o Senado que determinar a votação imediata sobre o assunto após 75 dias de debates. Através dessa Lei, o processo de registro de eleitores passava a ser igual a todos os requerentes, tendo direito a voto americanos alfabetizados sujeitos a uma prova escrita e que tivessem até o sexto grau de alfabetização. A discriminação racial e religiosa foi proibida em lugares de acomodação pública, como restaurantes, postos de gasolina, lojas, teatros, quadras esportivas, hotéis e outros alojamentos. As escolas com programas de dessegregação deveriam receber assistência técnica e financeira, entretanto a lei não ordenava o transporte de alunos de um distrito escolar a outro. Os empregadores – exceto alguns grupos –, agências de empregos e sindicatos foram proibidos de cometer discriminação referente à raça, cor, religião, sexo ou origem nacional. Além disso, foram criadas a comissão de Oportunidade Igual de Empregos, com o objetivo de eliminar empregos ilegais, e o Serviço de relações da Comunidade, para ajudar as comunidades com problemas relacionados a dessegregação[6]. O movimento negro americano apresentava divergências em relação às formas de luta, porém, quanto à guerra do Vietnã – assunto central nos EUA da época –, apresentavam a mesma opinião contrária à intervenção americana no país asiático. O fato dos negros estarem nas linhas de frente nos campos de batalha e do belicismo ser identificado com os setores brancos mais conservadores[7]. O governo federal interveio por vezes para terminar com discriminação. O presidente Lyndon B. Jonshon garantiu o direito de voto aos negros do sul, instituindo a Lei do Direito de Votar, em 1965, que resultou em uma necessária supervisão das eleições por parte do governo federal. O apoio oficial à causa dos negros norte-americanos foi fundamental, porém os principais protagonistas e atuantes nesse movimento foram os próprios negros. 

    FONTE:
    http://historiaediscussao.wordpress.com/2009/12/01/a-longa-luta-pelos-direitos-civis-nos-eua-o-movimento-negro-a-partir-da-decada-de-1950-e-a-guerra-pacifista-de-luter-king/ 

    sexta-feira, 14 de junho de 2013

    DOCUMENTÁRIO: GUERRA DO VIETNÃ

    DOCUMENTÁRIO: CONSTRUÇÃO E QUEDA DO MURO DE BERLIM

    DOCUMENTÁRIO: GUERRA FRIA

    GUERRA FRIA


    A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.
    A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
    A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e no Vietnã.

    Paz Armada
    Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. 
    Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas. Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
    Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coreia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.

     Corrida Espacial
    EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

    Caça às Bruxas
    Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.
    Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.

    A divisão da Alemanha
    Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra: URSS, EUA, França e Inglaterra. Em 1961 foi levantado o Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista.

    "Cortina de Ferro"
    Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso nos Estados Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da União Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente).

    Plano Marshall e COMECON
    As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.

    Envolvimentos Indiretos
     
    Guerra da Coreia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.


    Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. 

    Fim da Guerra Fria
    A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.

    FONTE: suapesquisa.com