As primeiras sociedades a se desenvolver na área surgiram na Núbia antes da Primeira Dinastia do Egito (3100-2890 a.C.). Em cerca de 2500 a.C.,
os egípcios começaram a avançar na direção sul e é por meio deles que a
maior parte das informações sobre Cuche ficou conhecida. Mas esta
expansão foi detida pela queda do Médio Império no Egito. A expansão
egípcia recomeçou em aproximadamente em 1500 a.C., mas desta vez encontrou resistência organizada. Os historiadores não têm certeza se esta resistência foi oferecida por cidades-Estado múltiplas ou por um império unificado, e debatem se o conceito de Estado
surgiu ali de modo independente ou se foi tomado do Egito. Os egípcios
lograram vencer a resistência e fizeram da região uma colônia sua,
durante o reinado de Tutmósis I, cujo exército mantinha ali um certo número de fortalezas.
No século XI a.C.,
disputas internas no Egito permitiram aos nativos derrubar o regime
colonial egípcio e instituir um reino independente, governado a partir
de Napata, na Núbia.
As
principais cidades do reino de Cuxe foram Querma, Napata e Méroe.
Dentre elas, Méroe se destacou por ter se tornado um importante centro
urbano e por atrair grande número de pessoas interessadas na
agricultura, no comércio e na metalurgia. Foi uma das capitais do reino
de Cuxe. Escavações arqueológicas revelam que em Méroe havia uma área
cercada por muralha de pedra, onde viviam o rei e a nobreza e ficavam os
palácios, os prédios públicos e alguns templos religiosos.
O
povo de Cuxe era politeísta e adorava deuses antropozoomórficos, como
Marduk e Apedemek. Na cidade de Napata foi construído um templo em
homenagem a Amon, deus do sol, também cultuado no Egito.
A história de Kush está estreitamente ligada à do Egito: os arqueólogos encontraram grande número de objetos egípcios (vasos, pérolas e outros) em terras núbias e produtos núbios (marfim, ouro, ébano etc.) em terras egípcias, o que prova o imenso contato comercial entre eles. Sabe-se também que, por volta de 1530 a.C., o Reino de Kush foi conquistado pelo Egito. Em 730 a.C., no entanto, ocorreu, que durou até 657 a.C. Os faraós negros usavam como símbolo duas serpentes que se erguiam sobre suas frontes para mostrar que reinavam ao mesmo tempo sobre Kush e o Egito. Esses faraós se consideravam sucessores dos faraós egípcios e também ordenaram a construção de pirâmides para lhes servirem de túmulos.
Características do Reino de Kush
Localizado entre a segunda e a
sexta catarata, o reino de Kush se distingue dos demais reinos antigos
por duas importantes características: o modo como o rei era eleito e o
papel da mulher na política.
Os cuxitas escolhiam seu rei de um modo peculiar. Inicialmente, os líderes das comunidades votavam nos candidatos que consideravam mais preparados para o cargo de rei. Em seguida, lançavam sementes ao chão para perguntar ao deus da cidade qual dos eleitos devia ser o escolhido. O desenho que as sementes formavam era considerado uma festa que terminavam com a coroação do novo rei. Assim, enquanto no Egito o filho sucedia o pai, em Kush o rei era escolhido dentre os eleitos pelos líderes da comunidade e pela consulta ao deus da cidade.
Candace, a mulher na política
As mulheres ocupavam posições importantes no Reino de Kush. A mãe do rei, por exemplo, recebia o título de senhora de Kush ou candace. Quando seu filho se casava, ela adotava a esposa do filho como sua filha. Assim, influenciava o gorverno, tanto por meio do filho como da nora.
Por vários vezes, a rainha-mãe
ocupou, ela própria, o poder político. Entre as candaces que chegaram ao
poder encontra-se Amanishaketo (42-12 a.C.). Uma das poucas vezes que a
África antiga aparece na história universal é quando se conta que o
povo cuxita, comandado por uma mulher, provavelmente Amanishaketo,
enfrentou o poderoso Império Romano.
Para alguns historiadores
africanos, a marcante participação da mulher no governo ajuda a explicar
o fato de o Reino de Kush ter longa vida.
Economia
Mineração, artesanato e comércio
Os cuxitas vendiam para o Egito
ouro, incenso, ébano, óleos, marfm, pedra presciosas, penas de avestruz e
pele de leopardo. E da terra dos faraós eles compravam, sobretudo,
vasos, pérolas e papiro.
O pouco que se sabe sobre a sociedade cuxita é que a classe dirigente era formada pelo rei e sua família, pelos nobres, que ocupavam altos cargos do funcionalismo, e pelos sacerdotes. Os agricultores e os criadores de gado, que eram pessoas livres, formavam a maioria da população. As camadas intermediárias eram constituídas por artesãos, comerciantes, militares e pequenos funcionários. Havia ainda os prisioneiros de guerra, que trabalhavam como escrevos por algum tempo.
Não se sabe ao certo as razões
do declínio de Kush. Provavelmente, os cuxitas perderam para outro povo o
controle das rotas comerciais, uma das bases de sustentação de seu
poder. O que se pode dizer com certeza é que, nos primeiros séculos da
Era Cristã, Kush foi empobrecendo; as perâmides de seus reis foram se
tornando menores e mais rústicas, e o números de objetos egípcios
encontrados em solo cuxita diminuiu bastante. No ano 330, o reino de
Kush foi conquistado por outro reino africano, o de Axum, situado no
norte da atual Etiópia.
não tem o que eu procuro mais é muito bom
ResponderExcluirqual é a religião do reino de cuxe? e da núbia
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirA religião deles era a religião egípcia que se baseava na acumulação desorganizada de mitos antigos, culto à natureza e inumeráveis divindades
Excluir+ ou -(falta informação)
ResponderExcluirAcho que precisa da localizaçao mais exata seila :/
ResponderExcluirgostei desses negocios que seguem o mouse bem divertido
ResponderExcluirgostei desses negocios que seguem o mouse bem divertido
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