O feminismo é um movimento que tem origem no ano de
1848, na convenção dos direitos da mulher em Nova Iorque. Este movimento
adquire cunho reivindicatório por ocasião das grandes revoluções. As
conquistas da Revolução Francesa,
que tinha como lema Igualdade, Liberdade e Fraternidade, são
reivindicadas pelas feministas porque elas acreditavam que os direitos
sociais e políticos adquiridos a partir das revoluções deveriam se
estender a elas enquanto cidadãs. Algumas conquistas podem ser
registradas como conseqüência da participação da mulher nesta revolução,
um exemplo é o divórcio.
Os movimentos feministas são, sobretudo, movimentos políticos cuja
meta é conquistar a igualdade de direitos entre homens e mulheres, isto
é, garantir a participação da mulher na sociedade de forma equivalente à
dos homens. Além disso, os movimentos feministas são movimentos
intelectuais e teóricos que procuram desnaturalizar a idéia de que há
uma diferença entre os gêneros. No que se refere aos seus direitos, não
deve haver diferenciação entre os sexos. No entanto, a diferenciação dos
gêneros é naturalizada em praticamente todas as culturas humanas.
Houve momentos na história da humanidade, como na Idade Média, em que
a mulher tinha direitos mais abrangentes como acesso total à profissão e
à propriedade além de chefiar a família. Estes espaços se fecharam com o
advento do capitalismo. De modo geral, quase sempre houve hegemonia masculina nos diferentes espaços públicos e da mulher no espaço doméstico.
A luta dos movimentos feministas não se esgota na equalização das
condições de trabalho entre homens e mulheres. Trata-se de modificar a
concepção, naturalizada, de que a mulher é mais “frágil” que o homem.
O movimento feminista se fortifica por ocasião da Revolução Industrial,
quando a mulher assume postos de trabalho e é explorada pelo fato de
que assume uma tripla jornada de trabalho, dentro e fora de casa.
Na década de 1960, a publicação do livro O Segundo Sexo, de Simone de
Beauvoir, viria influenciar os movimentos feministas na medida em que
mostra que a hierarquização dos sexos é uma construção social e não uma
questão biológica. Ou seja, a condição da mulher na sociedade é uma
construção da sociedade patriarcal. Assim, a luta dos movimentos
feministas, além dos direitos pela igualdade de direitos incorpora a
discussão acerca das raízes culturais da desigualdade entre os sexos.
Porque os movimentos feministas se opõem às normas hegemônicas de
atuação dos homens na sociedade, e por desinformação acerca dos
objetivos do movimento, estes sofrem diversas críticas. Muitos acreditam
que as mulheres pregam o ódio contra os homens ou tentam vê-los como
inferiores. Os grupos feministas podem ser vistos, ainda, como
destruidores dos papéis tradicionais assumidos por homens e mulheres ou
como destruidores da família.
As feministas afirmam que sua luta não tem por objetivo destruir
tradições ou a família, mas alterar a concepção de que “lugar de mulher é
em casa, cuidando dos filhos”. O compromisso dos movimentos feministas é
pôr fim à dominação masculina e à estrutura patriarcal. Com isso,
acreditam, garantirão a igualdade de direitos.
Link: http://www.infoescola.com/sociologia/feminismo/