
PSIQUÊ REVIVIDA PELO BEIJO DE EROS
A figura de Psiquê foi abordada várias vezes por Canova, seja isoladamente, seja em conjunto com seu companheiro mitológico Eros.
Entre as mais celebrizadas está o grupo de Eros e Psiquê (1793) hoje no Museu do Louvre,
que se afasta bastante dos modelos clássicos e também das
representações correntes no século XVIII.
A imagem fora encomendada pelo
coronel John Campbell em 1787, e captura o momento em que Eros revive
Psiquê com um beijo depois de ela ter absorvido a poção mágica que a
lançara num sono eterno.
Para Fleming & Honour este grupo é
especialmente significativo porque oferece uma imagem ao mesmo tempo
idealizada e humana do amor.
E também porque as grandes superfícies e a
espessura surpreendentemente fina das asas de Eros, os pontos de apoio
estrutural sabiamente escolhidos, e o gracioso mas formalmente ousado
entrelaçamento das formas corporais, cuja fluência e suavidade aparecem
tão naturais, escondem na verdade uma notável proeza em termos técnicos e
o profundo entendimento do artista das capacidades expressivas do corpo
humano.
Existe uma cópia no Museu Hermitage e o modelo em gesso também sobreviveu.34

Também realizou muitos retratos e
retratos alegóricos,
mas eximiu-se da representação dos vícios, da pobreza e da feiúra;
jamais foi um escultor realista ou interessado em retratar os problemas
sociais de seu tempo, embora sua atividade benemerente ateste que não
era insensível às atribulações do povo, mas em sua obra artística
preferiu temas em que pudesse exercitar seu constante idealismo e sua ligação com a Antiguidade clássica.4

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