O período conhecido como Período Populista, República Nova, República de 46 ou Quarta República Brasileira1 se inicia com a renúncia forçada do Presidente Getúlio Vargas, em outubro de 1945, pondo fim à Era Vargas, e termina em 31 de março de 1964, com a deposição do presidente civil João Goulart pelas forças militares.
Populismo é basicamente um “modo” de exercer o
poder. Ou seja, dá-se uma importância ao povo, às classes menos
favorecidas, cuida-se delas e, assim, conquista-se sua confiança o que permite que se exerça um autoritarismo consentido, uma dominação que não é percebida por quem é dominado.
Historicamente o populismo está ligado a fenômenos políticos da América Latina e se identifica com a industrialização e urbanização.
No caso específico do Brasil este processo se inicia nos anos vinte e
trinta o que coloca o populismo em foco exatamente neste período.
Dentre as características do populismo está o fato de que o
contato do líder com as massas acontece diretamente. Isto é, o líder não
precisa de ninguém que intermedie seu contato com o povo, mas vai,
pessoalmente, de encontro a ele, torna-se “amigo pessoal” dos pobres,
preocupando-se com sua situação individual. Através dessa proximidade,
cria laços que permitirão a ele ser eleito sob os aplausos da grande
massa popular
que a ele confia, posto que se trata, não de um político qualquer, mas
de um amigo. Portanto, o populismo tem como foco as classes média e
baixa.
O populismo não é um governo de esquerda apesar de se voltar para as
classes média e baixa. Tampouco é um governo de direita. A direita o
considera uma forma demagógica
de comportamento político. O populismo não dá espaço para a atuação
política da classe burguesa uma vez que suas determinações políticas são
atribuídas ao líder. O líder populista está acima de todas as classes, é
representante único e total dos anseios do povo que o elegeu. Para a
esquerda o populismo representa uma venda que é colocada nos olhos das massas distanciando-as da possibilidade de perceber o papel exercido sobre ele pelo Estado.
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