PROFESSORA ANDRÉA

domingo, 13 de outubro de 2013

HISTÓRIA DO TOCANTINS - Cidades e Monumentos Históricos: Natividade

Situada no Sudeste do Tocantins, ao pé da Serra da Natividade, numa distância de 305 km da capital do Estado, nascida com a exploração do ouro e fundada por Antônio Ferraz de Araújo, sua origem remonta ao século XVIII, ligada ao Arraial de São Luiz, no alto da serra. 

Hoje restam apenas ruínas daquele fluente e rico garimpo de ouro.

O nascente arraial denominado São Luis recebeu seu nome em homenagem a Dom Luis de Mascarenhas, então governador da Capitania de São Luis e fundador da Vila Boa (atual cidade de Goiás – GO). O nome São Luis conservou-se, provavelmente até 1733, quando, em homenagem a Nossa Senhora da Natividade, o local passa então a ser chamado de Natividade. Em 1734, o português Manoel Rodrigues de Araújo transferiu o Arraial para o Sopé da Serra, local de melhor acesso, onde hoje situa a cidade.
Museu Histórico
 
Em 1831, Natividade foi elevada à categoria de Vila. Em 1834 contava com 300 casa e ruas guarnecidas de calçadas de laje e em 1° de julho de 1901, a vila ganhou o termo de Município de natividade, se desmembrado da Comarca de Porto Nacional, e em 23 de dezembro de 1905, pela influente atuação do Senador Fulgêncio Nunes da Silva, aconteceu à instalação da Comarca de Natividade.

Atualmente, Natividade tem o seu espaço urbano dividido em três zonas de usos específicos: Zona de Proteção Histórica, Zona de Proteção Ambiental, e Zona de Expansão. O conjunto arquitetônico é constituído pelas ruas estreitas de casarões e igrejas.

- Festas populares
- Festa do Divino (data móvel)
- Festa de São João Batista (23 a 24/06)
- Festa do Senhor do Bonfim (12 a 17/08)
- Festa da padroeira de N. Sra. da Natividade (30/08 a 08/09)
- Baile de pastorinhas (24/12)
- Festa de Reis (01 a 06/01)


Patrimônio Material

- Igreja da Matriz

Datada de 1759, já sofreu algumas alterações no seu interior e fachada. Nele se encontra a imagem de Nossa Senhora da Natividade, santa Padroeira do Estado do Tocantins, possui dois sinos em bronze, datados de 1858.



 

- Igreja do Rosário dos Pretos

Toda em pedra possui os arcos da entrada central feitos com grandes tijolos especiais da época. Construída pelos escravos, ficou inacabada. Obra de admirável arquitetura. “Superaria as demais igrejas da capitania do Norte de Goiás se tivesse sido terminada”, escreveu o Visitante Pohl em 1819. Representa o monumento símbolo da raça negra e o trabalho escravo da fase da mineração.







- Prédio da Antiga Cadeia Pública

Continua com as características originais da sua construção. Impressiona pelas suas janelas e portas de largas grades e enormes portais em madeiras. Quando da passagem da “Coluna Prestes”, em 1925 e 1926, seus presos foram soltos pelos membros dessa rebelião. Foi restaurada em 1996 para ser o Museu Histórico Municipal.

- Casa do Sr. Salvador José Ribeiro (ten. Salvador)

Foi sede da primeira escola pública de natividade, nos anos de 1831 – Grupo Escolar D. Pedro II, e teve como primeira professora a Sra. Georgiana Viana Torres.

- Ruínas de São Luis

Local do antigo povoado no alto da Serra de Natividade, rico em buracos de garimpos de ouro, que no início a historia do nascimento da atual cidade, onde também se encontra a Lagoa Encantada, construída pelos escravos.





-Igreja de São Benedito

De características coloniais, conserva o sino original e a estrutura do primeiro altar.
É possível que a Igreja de São Benedito tenha sido construída ainda nas primeiras décadas do século XVIII, época em que Natividade vivia a opulência do ouro. Segundo relatos orais, a igreja funcionou normalmente até l928, quando foi desativada, voltando a ser utilizada com mais freqüência em 2000. De 1984 (data da primeira restauração) a abril de 2000, a igreja era utilizada apenas nas datas festivas em que se incluía procissão em evento realizado na igreja matriz. De acordo esses relatos, no período em que esteve desativada, a igreja passou por um processo de abandono por parte das autoridades civis e religiosas, perdeu parte do telhado e do reboco. Nesse período foi roubada a imagem original, mas não se sabe precisamente o ano.

A igreja possui fachada simples com um óculo e porta principal ladeada por duas janelas. Consta de pequena nave, arco cruzeiro, capela mor ladeada por sacristia e consistório, além de um cômodo de acesso ao púlpito, torre e coro. O retábulo do altar mor apresenta técnica simples de carpintaria e pinturas em policromia com elementos decorativos (figuras antropomórficas e dosséis) que se enquadram dentro do estilo joanino. As paredes laterais da capela mor e o fundo do camarim possuem pinturas decorativas aplicadas sobre a pintura a cal, apresentando os seguintes elementos: sobreverga com arremate em conchas nas extremidades, compoteira com flores, buquês, cortinados e colunas lisas. O arco do cruzeiro também apresenta pintura decorativa com repetição de elementos.

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