Situada no Sudeste do Tocantins, ao pé da Serra da Natividade, numa
distância de 305 km da capital do Estado, nascida com a exploração do
ouro e fundada por Antônio Ferraz de Araújo, sua origem remonta ao
século XVIII, ligada ao Arraial de São Luiz, no alto da serra.
Hoje
restam apenas ruínas daquele fluente e rico garimpo de ouro.
O nascente arraial denominado São Luis recebeu seu nome em homenagem a
Dom Luis de Mascarenhas, então governador da Capitania de São Luis e
fundador da Vila Boa (atual cidade de Goiás – GO). O nome São Luis
conservou-se, provavelmente até 1733, quando, em homenagem a Nossa
Senhora da Natividade, o local passa então a ser chamado de Natividade.
Em 1734, o português Manoel Rodrigues de Araújo transferiu o Arraial
para o Sopé da Serra, local de melhor acesso, onde hoje situa a cidade.
Museu Histórico |
Em 1831, Natividade foi elevada à categoria de Vila. Em 1834 contava
com 300 casa e ruas guarnecidas de calçadas de laje e em 1° de julho de
1901, a vila ganhou o termo de Município de natividade, se desmembrado
da Comarca de Porto Nacional, e em 23 de dezembro de 1905, pela
influente atuação do Senador Fulgêncio Nunes da Silva, aconteceu à
instalação da Comarca de Natividade.
Atualmente, Natividade tem o seu espaço urbano dividido em três zonas
de usos específicos: Zona de Proteção Histórica, Zona de Proteção
Ambiental, e Zona de Expansão. O conjunto arquitetônico é constituído
pelas ruas estreitas de casarões e igrejas.
- Festas populares
- Festa do Divino (data móvel)
- Festa de São João Batista (23 a 24/06)
- Festa do Senhor do Bonfim (12 a 17/08)
- Festa da padroeira de N. Sra. da Natividade (30/08 a 08/09)
- Baile de pastorinhas (24/12)
- Festa de Reis (01 a 06/01)
Patrimônio Material
Datada de 1759, já sofreu algumas alterações no seu interior e
fachada. Nele se encontra a imagem de Nossa Senhora da Natividade, santa
Padroeira do Estado do Tocantins, possui dois sinos em bronze, datados
de 1858.
- Igreja do Rosário dos Pretos
Toda em pedra possui os arcos da entrada central feitos com grandes
tijolos especiais da época. Construída pelos escravos, ficou inacabada.
Obra de admirável arquitetura. “Superaria as demais igrejas da capitania
do Norte de Goiás se tivesse sido terminada”, escreveu o Visitante Pohl
em 1819. Representa o monumento símbolo da raça negra e o trabalho
escravo da fase da mineração.
- Prédio da Antiga Cadeia Pública
Continua com as características originais da sua construção.
Impressiona pelas suas janelas e portas de largas grades e enormes
portais em madeiras. Quando da passagem da “Coluna Prestes”, em 1925 e
1926, seus presos foram soltos pelos membros dessa rebelião. Foi
restaurada em 1996 para ser o Museu Histórico Municipal.
- Casa do Sr. Salvador José Ribeiro (ten. Salvador)
Foi sede da primeira escola pública de natividade, nos anos de 1831 –
Grupo Escolar D. Pedro II, e teve como primeira professora a Sra.
Georgiana Viana Torres.
- Ruínas de São Luis
Local do antigo povoado no alto da Serra de Natividade, rico em
buracos de garimpos de ouro, que no início a historia do nascimento da
atual cidade, onde também se encontra a Lagoa Encantada, construída
pelos escravos.
-Igreja de São Benedito
É possível que a Igreja de São Benedito tenha sido construída ainda
nas primeiras décadas do século XVIII, época em que Natividade vivia a
opulência do ouro. Segundo relatos orais, a igreja funcionou normalmente
até l928, quando foi desativada, voltando a ser utilizada com mais
freqüência em 2000. De 1984 (data da primeira restauração) a abril de
2000, a igreja era utilizada apenas nas datas festivas em que se incluía
procissão em evento realizado na igreja matriz. De acordo esses
relatos, no período em que esteve desativada, a igreja passou por um
processo de abandono por parte das autoridades civis e religiosas,
perdeu parte do telhado e do reboco. Nesse período foi roubada a imagem
original, mas não se sabe precisamente o ano.
A igreja possui fachada simples com um óculo e porta principal
ladeada por duas janelas. Consta de pequena nave, arco cruzeiro, capela
mor ladeada por sacristia e consistório, além de um cômodo de acesso ao
púlpito, torre e coro. O retábulo do altar mor apresenta técnica simples
de carpintaria e pinturas em policromia com elementos decorativos
(figuras antropomórficas e dosséis) que se enquadram dentro do estilo
joanino. As paredes laterais da capela mor e o fundo do camarim possuem
pinturas decorativas aplicadas sobre a pintura a cal, apresentando os
seguintes elementos: sobreverga com arremate em conchas nas
extremidades, compoteira com flores, buquês, cortinados e colunas lisas.
O arco do cruzeiro também apresenta pintura decorativa com repetição de
elementos.
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