Levantamento elaborado por especialistas analisa 720 questões da prova e revela quais matérias aparecem com maior frequência no exame federal
História medieval ou contemporânea? Geometria ou estatística? Mecânica
ou óptica? Interpretação de texto ou regras gramaticais? Quais são as
matérias mais cobradas pelos examinadores do Enem
dentro de cada uma das quatro superáreas de conhecimento avaliadas na
prova? Com o auxílio de um time de especialistas, VEJA.com analisou as
últimas quatro edições do exame federal — incluindo o realizado em
novembro de 2012 — e elaborou um ranking dos conteúdos mais recorrentes.
Além disso, exibe todas as questões da prova de 2012, resolvidas pelo
Anglo Vestibulares.
O levantamento analisou 720 questões e pretende servir como guia para
os estudantes que vão realizar o exame neste ano. Um exemplo prático
disso: na prova de ciências da natureza, a incidência de questões
relativas a ecologia é muito superior à registada pela área de botânica,
ao mesmo tempo em que eletricidade supera de longe termodinâmica. Já no
exame de ciências humanas, questões sobre o período republicano
brasileiro são mais comuns do que as relativas à história colonial. Na
prova de linguagem, os estudantes devem estar mais preocupados com
interpretação textual do que com gramática. Por fim, em matemática,
funções e geometria são mais frequentes do que equações elementares ou
matrizes.
O Enem é uma prova de caráter interdisciplinar. Ou seja, na avaliação,
uma questão pode exigir conhecimentos de duas ou mais matérias. Uma
questão de ciências da natureza pode tratar ao mesmo tempo de energia e
meio ambiente. O levantamento exibido a seguir levou em conta essa
característica: quando isso ocorre, os professores que colaboraram na
elaboração do levantamento indicaram a duplicidade. Por isso, os
leitores mais curiosos que se derem ao trabalho de somar o número de
questões de cada superárea, em cada edição do Enem, não devem se
surpreender se obtiverem como resultado um valor superior a 45 — número
total de testes em cada superárea. Exemplo disso é a pergunta 135 da
prova de linguagem do Enem 2012, que cobra ao mesmo tempo interpretação
de texto e conhecimentos de literatura.
O exame de avaliação do ensino médio surgiu em 1998. Em 2009,
transformou-se em vestibular, quando passou a selecionar estudantes para
instituições federais de nível superior. Desde então, ganhou feições
diferentes e, por isso, pouco se parece com a prova criada uma década
antes. Por essa razão, o levantamento exibido a seguir considera apenas
as questões apresentadas nas provas realizadas a partir de 2009. Ainda
assim, segundo os professores ouvidos, o estudante que se prepara para a
avaliação deve se concentrar nas edições de 2010, 2011 e 2012. Isso
porque o exame de 2009 representa a transição do antigo para o novo
modelo, o primeiro em que foram apresentadas 180 questões, e não mais
63. "A avaliação de 2009 é um ponto fora da curva. Houve questões muito
irregulares", afirma o professor Luís Ricardo Arruda, coordenador do
Anglo Vestibulares. "As provas que se seguiram são mais equilibradas e
servem como ferramentas mais apuradas para a preparação dos estudantes."
Colaboraram no levantamento, com análise de questões: Célio
Tasinafo (Oficina do Estudante); Yadyr Augusto, Adauto Pessoa, Edson
Futema e André Valente (Cursinho da Poli); Augusta Aparecida Barbosa
(Cursinho do XI); Glenn Van Amson (Anglo Vestibulares).
FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/raio-x-do-enem-os-conteudos-mais-cobrados-desde-2009
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