PROFESSORA ANDRÉA

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O golpe militar de 1964 derrubou o presidente João Goulart e colocou o Brasil numa ditadura que durou mais de 20 anos. Veja algumas curiosidades e fatos dos anos de chumbo.

 

Na madrugada do dia 31 de março de 1962, o general Olimpio Mourão Filho comandou as tropas do exército que marcharam de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro, onde se encontrava o presidente João Goulart.

Na madrugada do dia 31 de março de 1962, o general Olimpio Mourão Filho comandou as tropas do exército que marcharam de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro, onde se encontrava o presidente João Goulart.
No dia 11 de abril de 1964, o Congresso Nacional, que tinha declarado vago o cargo de Presidente da República após a fuga de João Goulart para o Uruguai, elegeu um novo presidente. O escolhido foi o militar Castelo Branco (foto), que teve o voto até mesmo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, então senador da república. 


O golpe, que começou com a promessa de rápida volta ao regime democrático, logo adotou medidas ditatoriais. Foi nessa época que surgiram os Atos Institucionais, decretos do Regime Militar que valiam como lei. Os primeiros AIs deram poder aos militares para alterar a constituição, dissolver partidos políticos, determinaram eleições indiretas e revogaram a constituição de 1946, entre outras coisas. Mas foi com a posse do segundo presidente, o Marechal Costa e Silva, que a ditadura endureceu.

Foi no governo Costa e Silva que o regime militar publicou o AI-5, que na prática fechou o Congresso, caçou políticos e tornou a tortura uma prática comum.

 A ditadura teve oposição, inclusive armada: de 1966 a 1974, 1416 civis pegaram em armas. Eles assaltaram bancos, realizaram atentados a bomba, sequestram aviões e até mesmo diplomatas estrangeiros, como o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick. Ele foi solto 2 dias depois, em troca da libertação de presos políticos do regime.

O primeiro passo para a luta armada partiu de Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul. Exilado no Uruguai, ele fundou o Movimento Nacionalista Revolucionário e mandou guerrilheiros para treinamento em Cuba.

A maior movimentação de tropas do exército dentro do Brasil no século 20 foi durante a ditadura: o exército enviou milhares de soldados para a região do Araguaia, no Tocantins, para combater a guerrilha.

Um dos principais líderes da luta armada e inimigo número 1 da ditadura, Carlos Marighella foi morto numa emboscada na alameda Casa Branca, em São Paulo, em 1969. Hoje uma pedra marca o local onde o líder da Ação Libertadora Nacional foi executado.


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