PROFESSORA ANDRÉA

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Mistérios da História: Código Voynich

MANUSCRITO VOYNICH - O LIVRO MAIS ENIGMÁTICO DA HISTÓRIA


Manuscrito Voynich é um misterioso livro ilustrado com um conteúdo incompreensível. Imagina-se que tenha sido escrito há aproximadamente 600 anos por um autor desconhecido que se utilizou de um sistema de escrita não-identificado e uma linguagem ininteligível. É conhecido como "o livro que ninguém consegue ler".1
Ao longo de sua existência registrada, o manuscrito Voynich tem sido objeto de intenso estudo por parte de muitos criptógrafos amadores e profissionais, incluindo alguns dos maiores decifradores norte-americanos e britânicos ao tempo da Segunda Guerra Mundial (todos os quais falharam em decifrar uma única palavra). Esta sucessão de falhas transformou o manuscrito Voynich num tema famoso da história da criptografia, mas também contribuiu para lhe atribuir a teoria de ser simplesmente um embuste muito bem tramado – uma sequência arbitrária de símbolos.

 

A teoria hoje mais aceita é de que o manuscrito tenha sido criado como arte no século XVI como uma fraude. O fraudador teria sido o mago, astrólogo e falsário inglês Edward Kelley com ajuda do filósofo John Dee para enganar Rodolfo II da Germânia (do Sacro Império Romano-Germânico).


Foi datado por carbono como se fosse do começo do século 15 (1400). Segundo a datação Kelley não poderia ter escrito ele pois nasceu meio século depois. Vendo torres que se assemelham a uma cidade há uma teoria que diz que foi escrito no norte da Itália. O livro ganhou o nome do livreiro polaco-estadunidense Wilfrid M. Voynich, que o comprou em 1912. A partir de 2005, o manuscrito Voynich passou a ser o item MS 408 na Beinecke Rare Book and Manuscript Library da Universidade de Yale. A primeira edição fac-símile foi publicada em 2005 (Le Code Voynich), com uma curta apresentação em francês do editor, Jean-Claude Gawsewitch, ISBN 2350130223.

O volume, escrito em pergaminho de vitelo, é relativamente pequeno: 16 cm de largura, 22 de altura, 4 de espessura. São 122 folhas, num total de 204 páginas. Estudos consideram que o original teria 272 páginas em 17 conjuntos de 16 páginas cada, outros falam em 116 folhas originais, tendo 1 se perdido.
Percebe-se, pelos espaços ao final direito das linhas, que o texto é escrito da esquerda para a direita, sem pontuação. Análise grafológica mostra uma boa fluência. No total são cerca de 170 mil caracteres, 20 a 30 letras se repetem, umas 12 aparecem só 1 ou 2 vezes. Os espaços indicam haver 35 mil palavras; os caracteres têm boa distribuição quantitativa e de posição, alguns podem se repetir (2 e 3 vezes), outros não, alguns só aparecem no início de palavras, outros só no fim; análises estatísticas (análise de frequência de letras) dão ideia de uma língua natural, europeia, algo como inglês ou línguas românicas.


Conforme o linguista Jacques Guy, a aparente estrutura do texto indica semelhanças com línguas da Ásia do Sul e Central, sendo talvez uma Língua tonal, algo como línguas Sino-tibetanas, Austro-asiáticas ou Tai.
Conforme datação por Carbono 14 feita pela Universidade do Arizona, o pergaminho data do início do século XV1 ; Conforme aanálise do “Mc.Crone Research Institut” a tinta é da mesma época, embora as cores dos desenhos sejam posteriores.
Nas páginas finais aparecem anotações mais recentes feitas em letras latinas nas formas de alfabetos europeus do século XV.


O manuscrito Voynich deve sua denominação a Wilfrid Michael Voynich, um americano de ascendência polonesa, mercador de livros, que adquiriu o livro no colégio Jesuíta de Villa Mondragone, em Frascati, em 1912, através de padre jesuíta Giuseppe (Joseph) Strickland (1864-1915). Os Jesuítas precisavam de fundos para restaurar a vila e venderam a Voynich 30 volumes da sua biblioteca, que era formada por volumes do Colégio Romano que tinham sido transportados ao colégio de Mondragone junto com a biblioteca geral dos Jesuítas, para evitar sua expropriação pelo novo Reino de Itália. Entre esses livros estava o misterioso manuscrito.
Com o livro, Voynich encontrou uma carta de Johannes Marcus Marci (1595-1667), reitor da Universidade de Praga e médico real de Rodolfo II da Germânia, com a qual enviava o livro a Roma, ao amigo polígrafo Athanasius Kircher para que o decifrasse.



Na carta, que ostenta no cabeçalho Praga, 19 de agosto de 1665 (ou 1666), Marci declarava ter herdado o manuscrito medieval de um amigo seu (conforme revelaram pesquisas, era um muito conhecido alquimista de nome Georg Baresch), e que seu dono anterior, o Imperador Rodolfo II do Sacro Império Romano, o adquirira por 600 Ducados, cifra muito elevada, acreditando que se tratasse de algo escrito por Roger Bacon.
Voynich afirmou que o livro continha pequenas anotações em Grego antigo e datou o mesmo do século XIII.
A definição da data do pergaminho ainda é controversa, mas é possível situar a elaboração do texto no final do século XVII: uma análise por radiação infravermelha revela a presença de uma assinatura sucessivamente apagada: Jacobi a Tepenece, na época Jacobus Horcicki, morto em 1622 e principal alquimista a serviço de Rodolfo II do Sacro Império. Como “Jacobi” recebeu o título de Tepenece em 1608, isso prova não ser confiável a informação da aquisição do manuscrito antes disso.
Além disso, uma das plantas representadas em desenho na Seção "Botânica" é quase idêntica ao girassol, que somente passou a existir na Europa depois do Descobrimento da América, o que leva o manuscrito a ser posterior a 1492.




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