MANUSCRITO VOYNICH - O LIVRO MAIS ENIGMÁTICO DA HISTÓRIA
Manuscrito Voynich é um misterioso livro ilustrado
com um conteúdo incompreensível. Imagina-se que tenha sido escrito há
aproximadamente 600 anos por um autor desconhecido que se utilizou de um
sistema de escrita não-identificado e uma linguagem ininteligível. É conhecido como "o livro que ninguém consegue ler".1
Ao longo de sua existência registrada, o manuscrito Voynich tem sido objeto de intenso estudo por parte de muitos criptógrafos amadores e profissionais, incluindo alguns dos maiores decifradores norte-americanos e britânicos ao tempo da Segunda Guerra Mundial
(todos os quais falharam em decifrar uma única palavra). Esta sucessão
de falhas transformou o manuscrito Voynich num tema famoso da história da criptografia, mas também contribuiu para lhe atribuir a teoria de ser simplesmente um embuste muito bem tramado – uma sequência arbitrária de símbolos.
A teoria hoje mais aceita é de que o manuscrito tenha sido criado
como arte no século XVI como uma fraude. O fraudador teria sido o mago, astrólogo e falsário inglês Edward Kelley com ajuda do filósofo John Dee para enganar Rodolfo II da Germânia (do Sacro Império Romano-Germânico).
Percebe-se, pelos espaços ao final direito das linhas, que o texto é escrito da esquerda para a direita, sem pontuação. Análise grafológica
mostra uma boa fluência. No total são cerca de 170 mil caracteres, 20 a
30 letras se repetem, umas 12 aparecem só 1 ou 2 vezes. Os espaços
indicam haver 35 mil palavras; os caracteres têm boa distribuição
quantitativa e de posição, alguns podem se repetir (2 e 3 vezes), outros
não, alguns só aparecem no início de palavras, outros só no fim;
análises estatísticas (análise de frequência de letras) dão ideia de uma
língua natural, europeia, algo como inglês ou línguas românicas.
Conforme o linguista Jacques Guy, a aparente estrutura do texto
indica semelhanças com línguas da Ásia do Sul e Central, sendo talvez
uma Língua tonal, algo como línguas Sino-tibetanas, Austro-asiáticas ou Tai.
Conforme datação por Carbono 14 feita pela Universidade do Arizona, o pergaminho data do início do século XV1 ; Conforme aanálise do “Mc.Crone Research Institut” a tinta é da mesma época, embora as cores dos desenhos sejam posteriores.
Nas páginas finais aparecem anotações mais recentes feitas em letras latinas nas formas de alfabetos europeus do século XV.
Com o livro, Voynich encontrou uma carta de Johannes Marcus Marci (1595-1667), reitor da Universidade de Praga e médico real de Rodolfo II da Germânia, com a qual enviava o livro a Roma, ao amigo polígrafo Athanasius Kircher para que o decifrasse.
Voynich afirmou que o livro continha pequenas anotações em Grego antigo e datou o mesmo do século XIII.
A definição da data do pergaminho ainda é controversa, mas é possível
situar a elaboração do texto no final do século XVII: uma análise por radiação infravermelha revela a presença de uma assinatura sucessivamente apagada: Jacobi a Tepenece, na época Jacobus Horcicki, morto em 1622 e principal alquimista a serviço de Rodolfo II do Sacro Império. Como “Jacobi” recebeu o título de Tepenece em 1608, isso prova não ser confiável a informação da aquisição do manuscrito antes disso.
Além disso, uma das plantas representadas em desenho na Seção "Botânica" é quase idêntica ao girassol, que somente passou a existir na Europa depois do Descobrimento da América, o que leva o manuscrito a ser posterior a 1492.
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