Segundo
os historiadores, a origem de Porto Nacional deve-se á navegação pelo
rio Tocantins, fazendo a ligação entre os dois centros de mineração:
Pontal e Monte do Carmo. Depois destacamento militar encarregado da
vigilância da navegação.
Seu primeiro morador foi o português Felix Camôa, barqueiro que, no
final do século XVIII, dedicara-se à travessia no rio Tocantins de
mineiros procedentes das minas de ouro de Bom Jesus do Pontal (populosa
vila situada a 12 km à margem esquerda do rio Tocantins, local onde hoje
só resta a história e os buracos dos garimpos) para as minas do Arraial
do Carmo, distante 42 km à margem direita do Tocantins e vice-versa.
Por volta de 1805, os índios Xerente revoltados com a exploração de
toda ordem a que eram submetidos, atacaram e dizimaram o “Garimpo de bom
Jesus do Pontal”. Os sobreviventes do massacre vieram refugiar-se e
fixar residência em Porto Real.
Os nomes atribuídos à cidade estão relacionados com a situação
política vigente no país: Porto Real, quando era Brasil-reino; Porto
Imperial, na época do Império e finalmente Porto Nacional, após a
proclamação da república.
A vinda da Família Real Portuguesa, em 1808, para o Brasil, também
contribuiu para o engrandecimento da futura Porto Nacional. D, João VI,
em 9 de março de 1809, editou o Alvará de criação de uma Comarca no
Norte da província de Goiás, denominada São João da Barra, (hoje cidade
de Marabá – PA), e nomeando para dirigir essa Comarca o Desembargador
Joaquim Teotônio Segurado, tendo como a incumbência desenvolver à
navegação nos rios Araguaia e Tocantins e incentivar a lavoura e a
pecuária da região.
Afeiçoando-se com Arraial de Porto Real, Teotônio Segurado instala
ali a “cabeça de Julgado” e passa a residir alternadamente em porto
Real, Palma (hoje Paranã) e Natividade. Assim com o intuito de fazer
crescer Porto Real, o Desembargador convidou as principais famílias de
Monte do Carmo a virem residir no novo Arraial, Tal foi o
desenvolvimento de Porto, que em 1831, foi promovido à categoria de
“vila”, com a denominação de Porto Imperial.
A vila despontou como importante entreposto comercial para os
comerciantes que de “bote” faziam a viagem de Palmas até Belém do Pará e
vice-versa. A vila de Porto Imperial adquire o título de cidade em
1861, com o nome de Porto Nacional.
Em 1886 chegam os Padres Dominicanos, importantes missionários que
contribuíram para que Porto conquistasse o cognome de “Berço Intelectual
do Norte Goiano”. Desde 1889, Porto já contava com assistência médica
oferecida pelo seu filho Dr. Francisco Ayres da Silva que, além de
médico, foi político e jornalista. Fundou o jornal “Norte de Goiaz”, que
durante meio século, defendeu as causas do desenvolvimento regional.
Esse filho também trouxe, em 1929, os primeiros veículos, um Ford e um
caminhão Chevrolet, adquiridos no Rio de janeiro e conduzidos até Porto,
via estado de Minas Gerais e Bahia, abrindo caminho pelos sertões.
Em 1904 chegam a Porto Nacional as Freiras Dominicanas, cujo trabalho
permanece até nosso dias, representado Pelo Colégio Sagrado Coração de
Jesus.
Porto Nacional se orgulha de ter na parte velha da cidade imponentes
ruas, como a do Cabaçaco e a da cadeia, que contam ainda com lindos
casarões coloniais.
Festa Populares
- Festa de São Sebastião (20/01)
- Via Sacra
- Festa do Divino (data móvel)
- Festa da Padroeira - Nossa Sra. das Mercês (24/10)
Patrimônio Material
Catedral Nossa Senhora das Mercês
Situada nas proximidades da margem direita do Rio Tocantins, no mesmo
local da antiga capela de Nossa Sra. das Mercês, essa obra monumental
foi iniciada em 1894 e concluída 1904. Projetada em pedra e tijolos,
representa o estilo românico de Toulouse, França (região de origem dos
Freis construtores). A maioria das suas imagens sacras foram trazidas da
França e de Belém do Pará. Seu primeiro sino, todo em bronze, também
veio da França. A Catedral representa a “Ordem Dominicana” em Porto
Nacional.
Seminário São José
Antigo “Convento Santa Rosa de Lima”, é sede dos Padres Dominicanos,
desde do inicio da década de 20. Em 1957 a parte superior do velho
sobrado, por motivos estruturação e segurança foi retirada, porém ainda
continua majestoso.
Prédio da Prefeitura Velha
Edificado em 1922. Nele funcionou até 1969 a Câmara Municipal, a sala
das Audiências Judiciárias e a Administração Municipal. Construído em
dois pavimentos, se destaca entre várias construções na parte velha da
cidade.
Caetanato
Localizado na conhecida “Rua do Cabaçaco” no Centro Histórico de
Porto Nacional, foi a primeira sede do Colégio das Irmãs Dominicanas.
Hoje é sede da COMSAÚDE de Porto Nacional. O nome “Caetanato” é em
homenagem a Sra. Caitana Belles, ultima moradora do local.
Colégio Sagrado Coração de Jesus
Edificação de Ampla e aprazível arquitetura representa o trabalho iniciado pelas incansáveis e pioneiras “Irmãs Dominicanas”.
Conhecido como “Abrigo dos Velhos”, o importante casarão foi sede do
Correio e depois serviu durante muito tempo como Hospital. Situa-se na
Rua Josué Negre.
Residência do Sr. Oswaldo Ayres
Importante casa residencial de arquitetura antiga, situada na Praça
da Igreja Matriz, simboliza o brilhante trabalho do Dr. Francisco Ayres
da Silva, como médico, político e jornalista, filho de Porto Nacional.
Residência da Senhora Custódia Pedreira
Herança da família “Pedreira”, esse casarão chama atenção pela
arquitetura de épocas passadas, toda em adobe, conversa o porão e o
assoalho de tábuas.
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