Muitos tomam Nietzsche como um filósofo superficial, que só queria
agredir, pois sua forma de se expressar é radicalmente diferente dos
demais filósofos, que eram “certinhos”. No entanto, ao ler seus livros e
montar o mosaico de suas ideias, percebe-se uma profunda crítica aos
valores da sociedade ocidental feita de forma poética e apelando aos
instintos do leitor. A própria forma de se expressar já era uma crítica à
filosofia ocidental, que “deveria” ser “logicamente estruturada”. Para
ele, toda a filosofia ocidental após Sócrates é uma tragédia, uma
lástima. Nietzsche acreditava que os pré-socráticos estavam certos, pois
faziam filosofia com instintos, poesia e mitos, tinham uma filosofia a
favor da vida. Nietzsche afirma categoricamente que todo o pensamento
ocidental após Sócrates é uma negação da vida, que teve seu ponto alto
com os valores cristãos, que ele chamava de “filosofia de escravos”.
Nietzsche não é um filósofo que se lê, é um filósofo que se enfrenta. O
próprio Nietzsche alerta o leitor: “eu não sou um homem, eu sou
dinamite”.
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